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Diário de uma Assassina

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Diário de uma Assassina Empty Diário de uma Assassina

Mensagem por Ma Dom 12 Ago 2012, 10:28 pm

A fic foi feita com o enredo que eu ainda quero usar para um livro. Os nomes são alguns que há anos queria usá-los para essa história. Sei que a fic não ficou de aventura, mas acho que ajuda um pouco ser sobre assassinato *-*



Diário de uma Assassina Diario10


“Quando se conhece a morte de perto, temos apenas três alternativas... Seguir em frente, ter medo dela ou tornar-se sua amiga”

Passado, Presente e Futuro

- Você tem de dormir, meu anjo.

- Mas não quero mamãe...

A mulher aproximou-se da cama e puxou a coberta sobre a garota. Sorriu.

- Não conseguirá ficar acordada por muito tempo.

Dito isso a garota bocejou e a mulher sorriu. Ela beijou a testa da garota e seus olhos azuis perderam o brilho que segundos antes estivera ali.

- Eu te amo meu anjo. Nunca se esqueça disso.

Afastou-se e saiu do quarto.

A garota não entendia por que as palavras lhe atormentavam tanto. Era normal sua mãe dizer que lhe amasse, mas nunca acrescentará “Nunca se esqueça disso”. Fechou os olhos e minutos depois sonhava profundamente.

- Acorda Debby. Acorde.

A garota abriu os olhos e viu olhos azuis. Esta se afastou e foi até uma cômoda de onde jogou algumas mudas de roupa dentro de uma mochila. Ela correu até o armário e retirou um par de tênis e agachou-se na cama.

- Precisamos sair. Vamos para um lugar longe daqui.

Confusa, a menina deixava que colocassem seus sapatos em seus pés.

- Mel... – a outra garota lhe olhou. Sua testa estava franzida de forma mínima. Ela relutava em demonstrar estar preocupada com algo. – Por que temos de ir embora?
- Debby. Precisamos sair logo.

Ela jogou a mochila no ombro, pois sua costa já estava ocupada com outra mochila. Mel puxou o braço de Debby, mas ela se esquivou e correu até uma prateleira de onde tirou um coelho de pelúcia feito de retalhos.

- Não podemos ir sem o Jack.

A garota não se importou, apenas puxou a irmã mais nova para fora do quarto e andou pelo corredor rapidamente.

Debby queria saber o motivo da saída repentina, mas acreditava que sua mãe a mandara fazer isso e estaria esperando do lado de fora da casa. Enquanto desciam as escadas, houve o barulho de vidro sendo quebrado.

- Não tolerarei mulher minha me mandando fazer algo – ele gritava e estava raivoso.

Mel tapou os ouvidos de Debby. Não queria que a irmã ouvisse àquela discussão. Ela não tinha mente para digerir tudo aquilo. Mas mesmo assim, Debby conseguia ouvir a discussão.

- Você é um monstro! Um monstro pelo que fez comigo e o que faz com a Mel! Não deixarei que faça o mesmo com a Debby! Nunca!

Mas barulho de objetos se quebrando. Debby chorava, pois nunca ouvira seus pais brigarem daquela forma. Mel aproveitou que não estavam mais gritando e a puxou, levando-a para a cozinha, onde pegou as chaves do carro.

- Você não sabe dirigir, Mel.

- Hora de aprender.

Dentro do carro, ela trancou as portas e colocou a chave na ignição e a girou, mas o carro não ligava. Mel olhou para o visor e o tanque de combustível estava vazio. Ela bateu as mãos no volante, frustrada.

O silêncio se assolava. Era estranha aquela quietude toda. A porta se abriu e uma mão puxou a motorista pra fora. Mel gritava e Debby também.

- Me solta! – ela gritava, mas o homem a puxava. Jogou-a contra a parede e caiu no chão, sentindo dor no rosto e um corte na bochecha. Antes que pudesse se afastar, ele a puxou como se fosse uma boneca de trapos e pressionou contra a parede, apertando seu pescoço.

Debby chorava vendo seu pai machucar sua irmã. Ela queria fazer algo, mas só conseguia assistir àquela cena de horror.

O corpo de Mel parou de se mexer e o homem deixou-a cair ao chão. O baque surdo fez Debby acordar. Quando ela olhou para frente, o homem a segurou e sorria de uma maneira assustadora que ele nunca vira nele.

- Papai...

- Seja uma boa filhinha e faça o que eu mandar.

Debby olhou para o chão e viu sua irmã inconsciente. Queria que sua mãe estivesse ali, mas algo lhe dizia que não a veria mais.

- Mel... Mel...

- Sim, ela ajudou Margareth, traindo-me.

Debby chorou mais ao ouvir o nome de sua mãe.

- Mamãe... – as palavras ficavam presas em sua garganta.

- Ela morreu – ele disse como se não fosse nada, como se fosse algo natural. – Morreu em vão. Perdi ela e a Melody. Ah... Mas você... Será minha recompensa.

Ele aproximou-se e apertou-a, forçando-a a se deitar.

- Papai...

- Agora será minha. Àquela mulher não queria que eu fizesse isso, mas ela foi muito idiota em tentar lutar contra mim...

As palavras dele sumiram e caiu no chão, desacordado. Ao lado dele estava Melody com uma barra de ferro. Estava em farrapos. Deixou a barra cair ao chão e foi até Debby.

As duas saíram. Debby ajudava a irmã a manter-se em pé, mesmo com seu tamanho. Na calçada, Melody caiu de joelhos, apoiando os braços no chão.


- Não consigo mais andar. Saia daqui, Debby. Saia daqui agora.
Debby abraçou Melody e as duas choraram.

- Quando crescer você entenderá que o que eu e a mamãe fizemos foi para o seu bem.

- Papai...
Melody afastou-se e enxugou as lágrimas da irmã.

- Ele virá até aqui. Por favor, saia – Melody começara a chorar. – Não deixarei que ele abuse de você como fizera comigo. Por favor, saia. Eu ficarei bem.

Debby apertou Jack ao peito. Melody viu o coelho e acariciou a orelha dele.

- Jack te protegerá. Eu prometo que nada te acontecerá.

Melody beijou o rosto da irmã e a empurrou para a rua.

- Procure alguém que te ajude.

Debby andou alguns passos e olhou para trás e viu Melody voltando pra casa, segurando um braço. Correu até a calçada, mas as palavras de sua irmã irrompiam em sua mente. O homem que estava lá dentro não era seu pai. Não deixaria que sua irmã a visse machucada... Correu pela quadra, atravessando a esquina. Correu e correu...

***

- Estamos recebendo uma nova notícia... – dizia o repórter na TV. – Mais um assassinato cruel ocorreu. Nesta madrugada um homem de trinta e sete anos morreu por esfaqueamento na rua...

- Por que sempre que chego à sua casa está assistindo noticiário?

A garota virou-se sobre o sofá e sorriu ao ver seu amigo.

- Acho interessante não saberem quem é o assassino, sendo que ele sempre atua de uma forma – ela desligou a TV e levantou-se, pegando sua mochila. Ela percebeu o olhar de seu amigo e sorriu. – Luc, você me acha estranha, que eu sei.

- Apenas uma garota diferente, mas que é estranha é.

Os dois riram e seguiram seu caminho à escola.

Debby havia conseguido ajuda naquele dia. Na esquina em que conseguira correr, quase fora atropelada. O casal vendo o estado dela e decidiram ajudá-la e escutaram a história toda. Durante o dia ficou na guarda deles. Não havia recebido notícias de sua irmã e nem pai. No final do dia, enquanto a mulher lhe oferecia comida – mas que a garota se recusava a tocar – ouvira no noticiário o que não queria.

- Hoje mais cedo uma tragédia ocorreu com uma família. Corpos foram encontrados carbonizados... Vizinhos disseram que havia mais um integrante na família, Débora Summers de sete anos. Somente o corpo de duas mulheres e um homem foi encontrado no local...

Debby chorou alto e saiu correndo da sala de jantar...

- Como odeio esse ambiente chato e cheio de podridão da escola...

Luc já se acostumara com o palavreado da amiga. Desde que a conhecera saberia que seria difícil conviver com ela e que era diferente das outras. Ele fora o único que se aproximou de Debby a escola. Ela era ignorada pelo o que acontecera aos seus pais e por ser vestir como uma boneca e andar com um coelho de pelúcia.

Debby guardara o coelho Jack quando crescera e se vestia mais normalmente, mas ainda era ignorada. O tempo não apagaria a tragédia de sua família, onde mãe, pai e irmã foram mortos. Após nove anos e ninguém se esquecera de nada.
Debby sorriu e Luc ficou vermelho.

- Que foi? Gosta de mim pra ficar vermelho?

- Não... Não... Eu... – ele se embolava todo para falar, ficando mais vermelho. Acabou se afastando dela, indo pelo outro caminho.
Debby o seguiu sem fazer barulho. Uma coisa que ela aprender a fazer com o tempo em que era invisível. Ela pegou uma caneta e pulou sobre e marcou todo seu rosto com rabiscos. Luc gritava para parar e ela ria. No final ela saiu de cima dele e entregou um espelho. Havia no rosto dele um mustache deformado e alguns rabiscos de um lado ao outro do rosto.

Eles ficaram quietos ao verem uma mulher passar distante deles na calçada. Aquele sentimento de medo que as pessoas sentiam ao ver Debby era corriqueiro e normal desde seus sete anos. Acostumara-se a ser uma “provável doente psicológica”, como os outros diziam. Há anos fazia terapia para livrar-se do trauma e provar que era saudável mentalmente.

- Está tudo bem?

Debby assentiu e levantou-se. Lidava melhor do que o esperado com a ignorância das pessoas e o horror que sofrera na infância. Como sua irmã Melody lhe dissera naquele dia, ela entendera que fora salva pela resistência de sua irmã e pelo amor dela e de sua mãe. Entendera o motivo de tudo ter acontecido. Somente ela sabia disso. As autoridades não tinham como descobrir que Melody havia sido violada por alguém que deveria lhe amar e que estava apenas protegendo, trataram-na como uma assassina. Mas seu pai não ficara impune da culpa, apenas ficou sobre suas costas a morte de Margareth.

Esse era o motivo de as pessoas acharem que ela se tornaria uma assassina. Melody Summers matara seu próprio em defesa e depois incendiara a casa, suicidando-se logo em seguida. Paul Summers matara a mulher por motivo desconhecido. Eles tratavam a família destruída como uma família de psicopatas, por isso não duvidavam de que Margareth matara alguém. Debby era vista por muitos como uma psicopata em potencial. Todos diziam que se tornaria uma, desde que começara sua nova vida com seus pais adotivos – aquele casal que lhe ajudara.

Ela ria com a idéia ridícula deles de acharem que ela se tornaria uma assassina por causa dos genes. Debby tornara-se mais do que eles previram...

- Não me machuque, por favor! Não fiz nada de errado... Por favor... – o homem se rastejava ao chão, segurando a perna que fora quebrada.

Seus olhos viam a garota em pé a sua frente. Ela ria psicoticamente, brandindo uma adaga na mão. Seu sorriso aumentou ao ver que ele não tinha para onde ir, se encontrando com a parede naquele instante.

Ela pressionou o pé sobre o peito dele, fazendo-o gritar.

- Vocês me julgaram – ela fincou a adaga no coração dele. O homem cuspiu sangue e com o olhar implorava para viver. – Também estou lhe julgando.

O homem levantou a mão, mas ela bateu a cabeça dele.

- Seus crimes...

- Você... Não sabe... Meus crimes – dizia ele em meio ao sangue.

Debby sempre sabia os crimes das pessoas. O mundo onde vivia estava cheio.

- Sua serial killer...

- Percebeu quais são minhas especificações? Homens que sujem suas famílias, que machucam mulher e filhos, que abusem de seus filhos... – ela retirou a adaga serrilhada e o homem gritou. – Boa noite, senhor Márcio.

Sem hesitar cortou a garganta. Ele morreria pela facada no coração, mas ela queria vê-lo morrer em seu próprio sangue. Afastou-se para a escuridão silenciosamente, mas uma luz surgiu acima de sua cabeça, clareando ao seu redor.

Ela viu o homem morrer com um sorriso no rosto.

- Conseguiram me encontrar.

Calmamente Debby limpava a adaga em sua saia para logo em seguida guardá-las na bainha, embaixo de sua saia.

Um homem postou-se em sua frente. Os dois se encararam. O homem revelou um sorriso de canto de lábio.

- Débora Summers... Então o que as pessoas diziam era verdade. Você é uma assassina.

- Infelizmente pra você não faço por que minha família eram de assassinos.

- Não me interessa o que eles eram, apenas que você está presa, independente de sua idade.

Debby estendeu os braços e o homem a algemou. Antes que a escoltasse, levantou a saia dela e pegou a adaga. Debby o chutou com força e depois socou seu rosto. Os policiais avançavam. Sem perder tempo ela arrancou as chaves do policial enquanto pegava a arma. Com as mãos livres brandiu a arma e sua adaga extra.

- Hora da diversão – ela sorriu e correu para cima deles.

O primeiro policial mirou para atirar, mas sem sucesso. Debby atirou-lhe a adaga rente aos olhos, atravessando seu crânio. Os policiais não paravam. Ela se esquivou do próximo e bateu com a arma no rosto de um, atordoando-o.

Muitos se afastaram descrentes que uma garota podia derrotá-los. Eles atiravam, mas ela se escondera atrás de uma pilastra de concreto. Revidou da mesma forma que eles, mas certeiro nos pontos vitais.

Ela avançou e recolheu sua adaga para abaixar o logo em seguida virar seu corpo para trás e atirar. Era o último que fora acertado no estômago. Debby não errou, fizera de propósito. Voltando ao ponto onde estava o homem que lhe algemara, segurando a adaga, agachou-se.

- Quando se conhece a morte de perto, temos apenas três alternativas... Seguir em frente, ter medo dela ou tornar-se sua amiga – disse Debby.

O policial olhara intrigado.

- Infelizmente pra você escolhi a última opção. Tornei-me amiga da morte. Não a temo e muito menos a ignoro. Uso-a meu favor.
- Você é doente. Não tem coração.

Debby colocou a mão esquerda sobre seu peito.

- Eu tenho um coração sim. Ele bate aqui dentro. Mas ele mudou desde a morte de minha mãe e minha irmã.

O policial cuspiu sangue e gemeu. Não poderia retirar a adaga se não sangraria até a morte, apenas teria de esperar morrer de outra forma.

- Sabe o que me faz querer matar essas pessoas? Não é pelo fato da morte deles, mas sim pelo que me fizeram entender – ela aproximou-se do ouvido dele e pressionou mais a adaga para dentro da carne. Ele gemeu de dor – Meu pai estuprou minha irmã sabe-se lá por quanto tempo. Ele queria fazer o mesmo comigo, mas minha mãe e a Mel o impediram – ela girou a adaga e o homem gritou.

- Pare. Isso dói. Pare de me torturar!

Debby sorriu e continuou:

- Mel o matou e se matou. Ela se matou por causa DAQUELE IDIOTA!

Ela retirou a adaga e viu ele se contorcer de dor.

- Minha irmã que me protegeu até o último minuto me salvou e o que eu faço aqui é ajudar as famílias desgraçadas pela dor! – ela dizia sorrindo pra ele e chorando. – Eu faço com que esses canalhas paguem!

Esfaqueou várias vezes o homem, enquanto sorria e chorava. Estava fora de controle.

***

Com a luz da manhã, Debby acordou em seu quarto. Não sabia como fora parar ali. Só se lembrava de estar esfaqueando um delegado.
Sentou-se na cama e sentiu cheiro de torrada. A porta abriu-se e revelou Luc trazendo uma bandeja com o café da manhã. Ele a depositou sobre a cama e sentou-se.

- Você deveria parar com isso. Deveria contar ao seu psicólogo. Ele te ajudaria...

- Sem essa, Luciano. Ele até poderia me ajudar, mas os médicos não podem deixar alguém como eu livre. Sou um perigo para a população.
Debby bufou e pegou uma torrada.

- Seus pais estam lá embaixo. Inventei a história de que você ajudou um garoto que se cortou com vidro, por isso estava com a roupa suja de sangue.

- Obrigada, Luc.

Ela abaixou a cabeça e olhou para os pés.

- Como você me encontrou?

- Sempre te segui – ela o olhou. – Não por querer lhe entregar, mas sim por que gosto de você. Nas noites em que dizia estar ocupada e não podia sair, no dia seguinte sempre aparecia à notícia de alguém morto por facadas. E como você sempre os assistia, comecei a suspeitar.

Debby aproximou-se dele e tocou seus lábios.

- Obrigada Luc, mas de agora em diante faço minha própria vida.

Ela se levantou e foi até o armário, virando-se o disse:

- A vida de uma assassina está apenas começando.

Luc a observou e sabia que não adiantaria tentar fazê-la mudar de idéia. Teria de aprender a conviver com noticiários sobre assassinatos de um serial killer, que ele sabia de quem se tratar.

Deixou um bilhete sobre a cama e saiu.

Debby leu o bilhete de seu amigo, que recebera anos atrás. Guardou-o no bolso e revelou sua adaga.

- Boa noite senhor. Mas acho que me perdi. Poderia me ajudar? – disse com a voz doce e sorrindo.

O homem lhe sorriu em troca e se aproximou para lhe direcionará ao lugar que queria. Mal ele sabia que seria a última coisa que faria.

“A morte sussurra, mas somente poucos podem ouvi-la...”



O jeito que ela termina é de se imaginar que tem continuação. O enredo é complexo. Não poderia ficar enrolando. Por isso dividi com as partes da memória da tragédia, o presente em como ela se encontrava e o assassinato e o futuro em que ela inda seguia sua vida matando.

Espero que tenha ficado bom. Ainda mais por essa capa ter me dado um trabalho do cão pra ser feita.
Ma
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